terça-feira, 30 de outubro de 2012

Palavra do presidente,


                 É com satisfação que dirijo-me a todos os associados e seus dependentes legais para participarem de nossa festa de confraternização de fim de ano, que já é tradição em nossa ANSEF, e que acontecerá no dia 08 de dezembro em nossa sede social e campestre, com início ao meio dia, quando será servido aquele almoço com direito a refrigerante, cerveja e muito mais, havendo ainda sorteio de vários brindes. Não deixem de comparecer. Contamos com a presença de todos.
            Aproveitamos a oportunidade para comunicar aos caros associados que a nossa associação adquiriu um novo freezer, uma nova geladeira, um novo fogão e uma nova televisão, isso para proporcionar mais conforto e comodidade a todos os nossos associados. Aos boleiros temos boas notícias: estamos iniciando a cobertura do nosso campo de futebol com tela, para que a bola não mais possa transpor suas dimensões e desaparecer, principalmente a noite. É mais um conforto para nossos associados que gostam da prática esportiva.
            Com relação a nossa festa de fim de ano, gostaria de fazer algumas considerações: em nossa trajetória de quase 30 anos de trabalho na Polícia Federal, é impossível que não tenha havido um ou outro desentendimento com um ou outro colega nesse período, mas isso sempre tentamos superar com diálogo e entendimento. Estamos dizendo isso, porque em nossa festa de fim de ano estamos sendo questionados como vamos proceder com relação a convidados. Gostaríamos de deixar bem claro que apoiamos integralmente o nosso movimento grevista que foi realizado, e aqueles que me conhecem sabem que sempre participei de forma incisiva em nossos movimentos, inclusive em uma dessas greves me descontaram onze dias de serviço que até hoje não tive ressarcimento.
            Como presidente de nossa honrosa associação já por um bom tempo, tenho procurado unir as pessoas e acho que esse seja o maior mérito de uma associação. Felizmente acho que tenho conseguido, quem acompanha a associação há mais tempo, sabe das dificuldades que tínhamos para juntar um grupo de associados sem que ali acontecesse alguma desavença. Hoje, graças a Deus, isso não acontece e podemos nos reunir em paz.
            Então ratificamos o convite a todos, até porque como presidente não poderia deixar de convidar esse ou aquele. Que venham todos com espírito desarmado e com objetivo principal que é a alegria, a diversão e a verdadeira confraternização de fim de ano, de NATAL.
            Às vezes somos questionados com relação a quantidade de pessoas que participam de nossa festa de fim de ano. A nossa associação é composta de associados ativos e inativos. Os inativos, principalmente, já têm filhos casados, noras e até netos, e alguns deles às vezes pedem para levar alguns desses membros da referida família, e digo para vocês, que fica muito difícil negar. Você associado que tem uma filha ou um filho e que tem um namorado ou uma namorada, acha justo deixá-los em casa? Com certeza isso iria atrapalhar toda sua programação. Então enquanto presidente de nossa nobre associação, não abrirei mão para que as famílias estejam unidas nessa festa. E vamos deixar bem claro que nossa prioridade é o nosso associado.
            Às vezes somos questionados sobre pessoas estranhas na festa de confraternização. Essas pessoas, com certeza, contribuíram de alguma forma para o engrandecimento da nossa associação, e a forma que temos de agradecê-las é convidando-as para nossa festa. Recentemente tivemos alguns empresários que contribuíram de forma generosa para que os colegas associados participassem das olimpíadas. Acho interessante convidá-los para participarem de nossa festa, até porque teremos outras olimpíadas.
            Gostaria de agradecer a DEUS, por tudo que Ele tem proporcionado em nossas vidas, agradecer a todos os associados que tem nos apoiado na gestão de nossa associação e aproveitar para desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de felicidade, saúde e principalmente PAZ, porque ela é resultado de tudo.

Obrigado,

Juiz de Fora/MG, 29 de outubro de 2012.

Vantuil Dettmann – Presidente da ANSEF/JF/MG 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PROJETO SAÚDE DO SERVIDOR - ANSEF X TRAMONTINI


Estamos informando mais um projeto em prol do associado.
Este é um projeto trazida pelo Escritório Tramontini Advocacia para a Ansef Nacional, visando a saúde do servidor, na qual levamos ao conhecimento de todos.
Qualquer dúvida sobre o assunto poderá ser esclarecido diretamente com a Dra. Dayane – (61) 3223.8602 / 9642.4146 – dayane@tramontiniadvocacia.com.br

Informações - Andréa Póvoa e Silva - Ansef Nacional - Setor Financeiro - (61) 3346.6621/3346.5960

Leia o documento:

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Que greve é essa na PF?



Após mais de 60 dias de greve, muito foi divulgado na imprensa a respeito do movimento paredista de escrivães, papiloscopistas e agentes da Polícia Federal, intitulados pelo próprio grupo como “EPAs”. Talvez pela coincidência com outras reivindicações de outras carreiras de servidores públicos, o enfoque da maioria das reportagens foram os transtornos à população e pleitos por melhores salários, sem aprofundamento sobre as pretensões dos policiais federais. Foram raras as exceções, como o artigo “Greve por mais eficiência no setor público”, de José Roberto Ferro (Época Negócios, 24/09/12).
A greve tem como principal reivindicação o reconhecimento de nível superior da carreira de agentes, escrivães e papiloscopistas, já previsto na Lei nº 9.266/96 e admitido pelo próprio Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), mas colocou em pauta problemas estruturais da Polícia Federal. É emblemático que a bandeira da greve, uma das mais longas na corporação, tenha adotado o lema “SOS Polícia Federal”. Além da valorização profissional, os policiais federais em greve estão discutindo a própria instituição. Desde o início, policiais federais e seus representantes sindicais tentam manter as manifestações públicas, nos termos estabelecidos por decisões judiciais que, apesar de impor limite, reconheceram a legalidade da greve.
O entendimento do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi neste sentido: “Indubitável a legitimidade do pleito dos policiais federais por vencimentos adequados às essenciais funções exercidas, o que se afigura imprescindível para garantir a atratividade da carreira e uma bem-sucedida política de recrutamento, de modo a selecionar os melhores candidatos. Em outras palavras, mais do que um pleito corporativo, é do interesse da própria sociedade e do Estado brasileiro que seus policiais federais tenham remuneração satisfatória.”
Privilégios ameaçam ruir - Após mais de dois meses, auditórios de sindicatos se tornaram centros de debates sobre os problemas estruturais e de gestão da PF. Os ânimos se acirraram quando dirigentes do órgão e delegados, colegas de trabalho dos policiais federais em greve, viraram as costas para a categoria, talvez com receio de que a visibilidade na mídia escancarasse o modelo arcaico da respeitada Polícia Federal. Os gestores tentam abafar o pedido de socorro dos policiais federais por reconhecimento e valorização profissional, mas também por maior eficiência do serviço. O mantra da “hierarquia e disciplina” não conseguiu sufocar a ideia amadurecida pelos policiais federais em prol da mudança no interior da PF.
No combate à corrupção, em centenas de ações de inteligência policial em todo o país, os federais conheceram os meandros do Estado, suas vicissitudes e a necessidade de modernizar a Polícia Federal para equilibrar o jogo, aparentemente perdido, contra a corrupção e o crime organizado. Neste sentido, a polícia federal, que é polícia civil e cidadã, deve estar cada vez mais distante da militarização, pois a hierarquia e disciplina que impera no meio militar é bem diferente da que deve orientar as polícias civis. Nestas, somente se sustentam hierarquia e disciplina voltadas para a finalidade pública, que no caso é a prestação eficiente da segurança pública, dentro dos ditames constitucionais. Não é à toa que, recentemente, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, alertou aos países da América Latina para que não deem a função de polícia a forças militares. A mensagem foi de que as autoridades civis devem ser fortalecidas para lidar com a defesa das leis.
As polícias civis, nos últimos anos, tanto a PF quantos as estaduais, passaram a atrair para seus quadros profissionais das mais diversas áreas do conhecimento acadêmico. São esses policiais federais, com visão crítica, formados em renomadas universidades, que estão encarando o desafio de olhar para dentro do castelo de areia da segurança pública. Conceitos corporativistas e privilégios de castas ameaçam ruir. Hoje já não parece aceitável que a mesma estrutura das polícias do Brasil Império ainda persista na nação que almeja posição de destaque entre as potências mundiais.
Papel fundamental - A discussão sobre o atual modelo de segurança pública não inviabiliza (ao contrário, completa) a principal reivindicação dos policiais federais pelo reconhecimento das atribuições de nível superior da carreira. Sem dúvida, o nível do debate já credenciou os policiais grevistas. Numa instituição dirigida por delegados, todos formados em Direito e muitos refratários à valorização profissional na carreira da própria instituição, era previsível a resistência à ideia de que as ciências jurídicas (em que pese a tradição) não sejam superiores às demais áreas acadêmicas.
A estrutura de polícia foi herdada de outra época, com os vícios do bacharelismo. Os avanços tecnológicos e a crescente sofisticação das organizações criminosas se encarregarão de mostrar que atividade policial deve ser, sobretudo, de investigação e natureza multidisciplinar. Já está ultrapassada a visão de que a investigação policial é atividade natureza intermediária. Com o auxílio da tecnologia e do conhecimento científico dos variados ramos, o fazer policial vai se afirmando como atividade interdisciplinar, tão aprofundada quanto forem as inteligências envolvidas em seu labor. Vale lembrar que o aprimoramento das investigações resultará em denúncias mais consistentes pelo Ministério Público e ações penais mais eficazes, lastreadas na atividade policial.
Esta greve dos policiais federais, apesar dos transtornos à população e a redução de prisões nas estatísticas oficiais, poderá trazer ganhos para segurança pública no Brasil. As autoridades mais atentas talvez percebam que uma instituição sufocada pelo excesso de atribuições e pelo arcaísmo da estrutura está tentando respirar. A mídia tem um papel fundamental de esclarecimento, discussão e aprofundamento deste tema, que extrapola interesses corporativistas e resvala no interesse público de uma Polícia Federal mais moderna e eficiente.
Johnny Wilson Batista Guimarães é escrivão de Polícia Federal, bacharel em Direito e pós-graduado em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera

Fonte: Observatório da Imprensa